Este livro é ambientado num mundo mágico, cheio de fantasias, no qual residem e convivem harmoniosamente as mais variadas formas de vida, inclusive dragões, que representam o topo da cadeia, não só pela sua força, velocidade e poder, mas sim pela sua superior inteligência. Tudo ia bem, até que de súbito ele é invadido por uma praga, que começa a se espalhar e colocar em cheque toda a organização natural existente até então. Essa praga são seres humanos, com todas as suas imperfeições e desvios de caráter que põe a perder até mesmo a soberania até então insuperável dos dragões.
A narração é feita em primeira pessoa pelo personagem Dryfr, um belíssimo dragão dourado, guerreiro altamente respeitado entre seus pares, que acorda de um sono profundo de 300 anos e vê sua raça ameaçada pelos humanos e acaba, junto a um seleto grupo de dragões mestres, tentando conter o avanço dos seres inferiores. Em meio a uma torrente aventura, o protagonista se vê em diversas e surpreendentes aventuras, inclusive amorosas.
Sem dúvida, uma leitura muito agradável, na qual o autor nos faz refletir sobre a real posição dos seres humanos em relação à natureza e aos demais elementos que a compõe no que tange a aspectos como ganância, inveja, etc, gerando comportamentos totalmente fúteis e sem sentido. A visão de que não somos os mocinhos é realmente interessante, tanto que, no meu caso, fiquei “torcendo” pelos Dracos ao longo de toda a leitura.
Fábio Guolo, autor desta obra, nasceu em 1979, em Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre/RS, morou também em Sombrio/SC e Londrina/PR, mudando-se em 2000 para Curitiba onde reside até hoje, é mestre em RPG de mesa de onde, manifestamente, inspirou-se para escrever este interessante livro que é baseado em um universo de fantasia medieval fictício e que aborda questões polêmicas, de cunho social, religioso e existencial, na qual a imaginação do autor viaja e abre a oportunidade para que o leitor viaje com ele e a raça dos Dracos, que realmente encantam pela sua sobriedade e moderação.
Um comentário:
Obrigado pela resenha Jackson! Grande abraço!
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